Na véspera do Dia Internacional de Conscientização sobre a Epilepsia, celebrado em 26 de março, a apresentadora Mara Régia conversou com a presidente da Liga Brasileira de Epilepsia (LBE), Kette Valente. Ela é professora Livre-Docente da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Grupo de Estudo de Epilepsia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Sobre a importância da data, Kette explicou que ela foi criada justamente para diminuir o estigma em relação ao tema. De acordo com a médica, existem diferentes tipos de crise epilética.
“Não tem uma epilepsia, são as epilepsias. Vamos ter tipos diferentes de crises e nós vamos ter causas diferentes, que vão determinar qual vai ser o prognóstico ou como vai evoluir esse paciente. A convulsão, como você chama, que é a crise motora ou tônico-clônica, que é a clássica, na verdade ocorre numa minoria dos pacientes. Existem outros tipos de crise, como as crises de ausência, em que o paciente só fica fora do ar; existem crises focais... Podemos ter crises motoras que sejam só no braço, crises sensitivas ou sensoriais, crises em que há perda de contato. Existem diferentes formas de crise. Então, esse tipo de crise que estigmatizou a epilepsia, na realidade nem é a mais comum”, frisou.
Kette Valente explicou como proceder ao presenciar uma pessoa em crise e esclareceu diversos mitos relacionados à epilepsia. Ela falou ainda sobre o tratamento e ressaltou a importância do conhecimento no combate ao estigma.
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