Em entrevista a Luciana Valle, no Tarde Nacional - Rio de Janeiro desta segunda-feira (26), o médico Paulo Gallo de Sá ginecologista especialista em reprodução e fertilidade e diretor do Vida - Centro de Fertilidade, falou sobre a vacinação em gestantes.
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Segundo ele, os estudos sobre o assunto ainda não estão concluídos, mas, ainda assim, considerando diversos fatores, como a gravidade da covid-19, o entendimento atual é que as gestantes tomem a vacina.
"Mulheres jovens, que tenham até 35 anos, que tenham uma boa reserva ovariana, elas podem se dar ao luxo de aguardar, esperar melhorar a curva da pandemia ou até mesmo aguardar a vacinação para deixar para engravidar depois", destacou.
Mas, para aquelas a partir dos 36 anos, ou que já tenham uma baixa reserva ovariana, ou por alguma cirurgia ou por alguma característica genética, que correm o risco de entrarem em menopausa mais cedo ou que possam vir a ter uma dificuldade para engravidar depois, a recomendação é pensar no congelamento de óvulos e embriões, uma decisão cara ou. Caso engravide, é preciso tomar todas as medidas restritivas, com o maior isolamento social possível, uso de máscara, álcool em gel etc.
Durante a conversa, Paulo, que também é o presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, falou sobre as principais preocupações que a covid-19 pode trazer durante uma gravidez, chamando a atenção para o risco de trombose, além da típica dificuldade de respirar que geralmente ocorre ao final da gestação, o que seria uma complicação a mais no caso de uma doença respiratória.
Para ele, os riscos que a covid-19 pode trazer para uma gestação são muito maiores do que os riscos da vacinação para as gestantes.