Apesar de raro, por representar 3% dos diagnósticos de câncer, o carcinoma de células renais, como é chamado na medicina, tem prevalência em homens e na população na faixa etária dos 60 anos aos 70 anos.
Além da hereditariedade, o tabagismo figura entre os principais fatores associados à doença. Também é comum o diagnóstico em pessoas com obesidade e hipertensão, na mesma esteira do paciente com maior propensão a desenvolver doença renal crônica. Para falar mais sobre a doença, o Tarde Nacional conversou com o cirurgião oncológico, diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) e coordenador dos Departamentos Cirúrgicos Oncológicos do grupo BP - Beneficência Portuguesa de São Paulo, Gustavo Cardoso.
Segundo ele, a gente tem hoje no Brasil, em torno de 6 mil casos de câncer de rim. "Globalmente são mais de 400 mil novos casos com mais de 170 mil mortes. É a décima causa de mortes por câncer em homens. O câncer de rim é o terceiro do aparelho genitorinário no Brasil e a sua incidência é duas vezes maior nos homens do que nas mulheres. Por ser um tumor, de crescimento muito lento, é importante fazer visitas anuais ao urologista pois um simples exame de ultrassom consegue detectar a doença, ainda em fase inicial", esclarece o médico.
Na entrevista, ele lembra também que a prática de exercícios físicos e manter o peso com alimentação saudável é um dos fatores que pode ajudar a prevenir este tipo de câncer. Além de evitar o tabagismo. E a hereditariedade tem a ver? De acordo com o cirurgião, hoje os testes genéticos permitem identificar famílias de risco. Ou seja, existem sim o câncer de rim causada por mutações específicas chamado de câncer de rim familiar. E o câncer renal infantil?
Acompanhe a entrevista completa, no player:
O Tarde Nacional vai ao ar de segunda a sexta-feira, no horário de 15h às 17h, pela Rádio Nacional de Brasília.