O Tarde Nacional desta quarta-feira (24) falou sobre o tempo útil dos celulares. Você já ouviu falar no termo "obsolescência programada"? Em entrevista ao programa, o professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e idealizador e conselheiro da Abraps (Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade), Marcus Nakagawa explica que o termo nada mais é do que o tempo útil que as indústrias acabam determinando para uso dos produtos.
O conceito surgiu, em 1929, visando incentivar esse aumento do consumo. Ou seja, ficou velho ou não dá mais para atualizar, sai de linha e a gente logo tem que trocar por um mais novo. Segundo o professor, a técnica é bastante utilizada pelos fabricantes para forçar a compra de novos produtos, mais comum no mundo telefônico. Na entrevista, ele esclarece a diferença entre a obsolescência programada e a percebida.
"Nesta pandemia, por exemplo, houve muitas trocas de celulares. Mas a percebida é quando a gente acha que precisa de um celular com 25 câmeras. Mas será que você precisa mesmo? Não precisa! O seu celular está ligando, está mandando mensagem, está tirando foto. É mais uma vontade e uma percepção de que você precisa de um celular novo", observa Marcus.
E o que você faz com o seu celular velho? Marcus destaca que nesta pandemia, há muita gente precisando dessa tecnologia para estudar online. "Se você tiver um engavetado aí, em boas condições, é claro. Busque escolas públicas e associações porque tem muito aluno que não está conseguindo estudar e assistir aula por não ter um celular ou computador. Outra opção é consertá-lo, se ele estiver quebrado, que assim você estará sendo mais sustentável também", garante o professor.
Ouça a entrevista completa, no player acima.
