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Sistema prisional brasileiro é tema do Tarde Nacional

Especialista faz análise sobre os presídios do país, em tempos de

O Tarde Nacional desta quarta-feira (01) tratou da complexidade dos problemas que envolvem o sistema prisional brasileiro. O convidado foi o cientista político Antônio Flávio Testa, especialista no assunto pela Universidade de Brasília, a UnB.

 

Testa começou a conversa com um dado alarmante: o crime organizado já domina mais de 80 por cento dos presídios brasileiros, segundo relatório da Corregedoria do Ministério Público de São Paulo, estado com maior número de presidiários.

 

O professor falou de casos que tem repercutido na mídia, como o de Pedrinhas, no Maranhão, e alertou que a guerra dos criminosos contra o estado, hoje perceptível em SP, SC, RN e MA, pode se espalhar por todo o Brasil numa ação articulada.

 

Segundo ele, se a população não pressionar o Congresso Nacional e os diversos governos, desde as prefeituras até o Governo Federal, na tentativa de mudar essa realidade, nós teremos, em pouco mais de dez anos, mais de um milhão de pessoas atrás das grades em condições subumanas, armadas e controladas pelo crime organizado.

 

O cientista político ressaltou que o Brasil, atualmente, corresponde à terceira massa carcerária do planeta, depois de Estados Unidos e China, e já não há espaço nas delegacias nem nos presídios. Um problema, segundo ele, de difícil e complexa solução, já que falta, na prática, vontade política e competência gerencial. De acordo com Testa, a reforma do sistema prisional não entrou na agenda política como prioridade, até o momento.

 

O programa Tarde Nacional vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 16h, na Rádio Nacional da Amazônia. A apresentação é de Juliana Maya.



Criado em 01/04/2015 - 20:31 e atualizado em 01/04/2015 - 19:13

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