O episódio de hoje vai passear pela cultura popular portuguesa que se fixou no Nordeste brasileiro desde o início da colonização, no século 16. Aliás, principalmente nos séculos 16 e 17, quando o ciclo do açúcar fixou na região as levas de colonos portugueses, plantando cana e operando engenhos. Trouxeram a viola e a rabeca. Plantaram também a poesia e a música dos rincões agrícolas de Portugal. E como escreveu nosso caro Pero Vaz de Caminha ao Rei Dom Manuel: nessa terra, em se plantando, tudo dá.
Os convidados desta edição são o brincante, frevante, pensante e cantante Antônio Nóbrega e o músico natalense Caio Padilha, apaixonado pela rabeca e que mantém um podcast sobre o instrumento chamado “Memória da Rabeca Brasileira”.
Repertório:
- Romance da Nau Catarineta, na voz de Antônio Nóbrega
- Lunário perpétuo, na voz de Antonio Nóbrega
- Terno de Pífanos, de Cussy de Almeida, com a Orquestra Armorial de Câmara
- “Canjiquinha”, de Lourival Oliveira, compositor e clarinetista paraibano, que Antônio Nóbrega gravou no disco “Lunário Perpétuo”
- “Rasga”, de Antônio Nobrega, na gravação de 1974 no disco “Do Romance ao Galope Nordestino”, do Quinteto Armorial
- Rabeca Matutina, por Caio Padilha
- “Puxe o arco, Rabequeiro”, Cláudio Rabeca
- "Toada e dobrada de cavalhada" de Antônio José Madureira com o Quinteto Armorial
- "Romance da Nau Catarineta" na versão do Quinteto Armorial
- "Concertino para violino e Orquestra de Câmara" - de Guerra Peixe dedicado a Cussy de Almeida e à Orquestra Armorial de Câmara. Regência do próprio Guerra-Peixe.
- Mourão, de 1975, de César Guerra-Peixe, gravado pela Camerata Atlântica
Torna Viagem, uma parceria entre a MEC FM e a Antena 2, da rede pública de Portugal RTP, tem apresentação de Pedro Paulo Rangel e vai ao ar todos os domingos, às 20h.
Roteiro: Luciana Medeiros
Coordenação: João Guilherme Ripper
Sonoplastia: Silas Mendes
Apoio:
Embaixada do Brasil em Portugal
Embaixada de Portugal no Brasil
Camões-CCP Brasília
MPMP - Patrimônio Vivo