Oi, oi, gente amiga desse nosso programa que, nesta edição, se une a todas as pessoas que chegaram às lágrimas diante das imagens que registraram o agravamento da saúde do povo Yanomami, em rede nacional de televisão, bem como nas redes sociais, no último fim de semana.
Lamentavelmente, em meio às cenas que denunciavam o estado grave de desnutrição da população na comunidade Kataroa, na região do Surucucu, onde há forte presença de garimpeiros ilegais, o corpo esquálido de uma mulher em cima de uma balança chamou especial atenção. Sua morte era iminente, e assim foi. A notícia foi divulgada no domingo e em respeito à tradição de sua etnia, a imagem que comoveu o Brasil e o mundo , não deverá mais ser divulgada a pedido da Associação Yanomâmi Urihi.
Mas como bem diz o xamã e grande liderança Yanomami, Davi Kopenawa, “...não precisamos, como os brancos, de peles de imagens para impedi-las de fugir da nossa mente. Não temos de desenhá-las, como eles fazem com as suas. Nem por isso elas irão desaparecer, pois ficam gravadas dentro de nós. Por isso nossa memória é longa e forte.” Fecha aspas
Num exercício de memória queremos chamar a participação da jornalista, editora de conteúdo e assessora de comunicação do Instituto Socioambiental (ISA) que, em meados do ano passado teve o privilégio de fazer a cobertura da comemoração dos 30 anos da homologação da Terra Indígena Yanomami, que contou com 500 participantes, entre lideranças de outras regiões do território e aliados históricos! Bem-vinda Marina Terra! Por favor, empreste-nos seus olhos e impressões sobre a Terra indígena Yanomami!