Oi, oi gente amiga desse nosso programa que nesta edição reafirma seu compromisso com o enfrentamento ao assédio praticado contra nós Marias à luz da nova lei que, em 28 de dezembro, criou o protocolo Não é Não, como mecanismo de combate ao constrangimento que, como sabemos, é pratica comum contra nós mulheres nos ambientes como casas noturnas, boates, bares, restaurantes, espetáculos musicais e demais locais fechados ou mesmo em shows onde haja venda de bebidas alcoólicas!
Contudo, a nova lei, (14.786), não se aplica a cultos ou eventos realizados em locais de natureza religiosa, especialmente porque a norma pressupõe a venda de bebidas alcóolicas.
Dito isso, apesar de sua natureza mais do que oportuna, já que protege fisicamente as mulheres e cria a obrigação de manutenção de um espaço próprio para que a mulher tenha sua integridade preservada e ainda dá autoridade às pessoas que testemunharem o fato de deter ou mesmo expulsar do local quem for identificado como molestador, há vozes que não reconhecem a indiscutível importância da lei sancionada pelo Presidente Lula.
Segundo essas pessoas que se opõem ao protocolo: "Não é não, mas nem sempre" porque afinal de contas a paquera é um aspecto cultural em nossa sociedade!
Numa tentativa de esclarecer em definitivo as boas e más intenções em torno desse debate, vamos esclarecer de uma vez por todas a diferença entre assédio e paquera com uma das pessoas que mais entende de violência de gênero em nosso país! Falo da dra Valéria Scarance, do Ministério Público do Estado de São Paulo, que, em várias entrevistas ao nosso programa* já teve oportunidade de dizer que paquera não se confunde com assédio. Vale a pena conferir!
*NOTA: a explicação sobre paquera e assédio foi dada pela promotora Valéria por ocasião das muitas edições da campanha de Carnaval, "Não é não" que começou em 2017. Ou seja, não é inédita.