Desde a Copa de 1998, a seleção da Tunísia tem marcado presença na maioria das Copas do Mundo. E em 2022, o país arábe não vai ficar de fora da Copa do Catar, sendo assim sua sexta participação na competição.
As participações futebolísticas podem ser recentes, mas a música da Tunísia é secular. Exemplo disso é o instrumento ud, precursor do alaúde europeu.
O ud é um instrumento de 11 cordas, geralmente acompanhado por cantos e instrumentos de percussão, como o darbuka e o bendir. A Tunísia se destaca ao atualizar e experimentar com a música tradicional árabe - como é o caso do nosso primeiro convocado, Anouar Brahem.
Brahem mistura a música secular do Oriente Médio com o jazz e instrumentos elétricos - mas mantendo o ud como protagonista.
Brahem passa a bola para Jasser Haj Youssef, outro artista que faz uma interessante fusão entre a música árabe e a ocidental. O compositor e violinista tem uma obra a partir de arranjos europeus, mas com melodias e harmonias diretamente influenciadas pelas suas raízes tunisianas.
Outro exemplo único da música tunisiana é o caso da Orquestra El Azifet. Enquanto a música tocada pela El Azifet é mais tradicional e menos experimental do que a obra de Youssef e Brahem, a maneira que a orquestra se organiza é inovadora, sendo inteiramente composta por musicistas mulheres.
Assim como sua música que une o tradicional com a modernidade, esperamos que a Tunísia inove, representando o futebol árabe no Catar com maestria.
Escalação Musical é uma série de interprogramas produzidos e veiculados pela Rádio MEC FM. Em cada episódio, conheça aspectos socioeconômicos, históricos e musicais de cada um dos 32 países que estão na Copa do Mundo de 2022 (veja a lista completa aqui).
