A polêmica em torno da Portaria 1.129, que altera a conceituação de trabalho escravo, jogou luz também na falta de orçamento para fiscalização deste tipo de problema no Brasil. As denúncias são do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e do sindicato dos auditores fiscais do trabalho.
De acordo com os auditores, desde 2012 o orçamento para a fiscalização do trabalho escravo no Brasil vem caindo. A área, que já chegou a ter 9 equipes de fiscalização do grupo móvel em atividade, agora conta apenas com quatro. E com os cortes no orçamento deste ano, a situação ficou ainda pior.
Segundo Carlos Silva, presidente da Associação Nacional de Auditores Fiscais do Trabalho, os cortes na divisão de fiscalização de trabalho escravo do Ministério do Trabalho chegou a ser de 70% .
Em nota, o Ministério do Trabalho disse que o corte orçamentário ocorreu em todos os ministérios em razão da queda na arrecadação. Mas negou que as fiscalizações tenham sido afetadas.