Um novo médico anestesista deve chegar à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Tabatinga, no Amazonas. A decisão atende a determinação da Justiça Federal que recomendou à Secretaria de Saúde do Estado que garanta o funcionamento das unidades envolvidas na operação Maus Caminhos, deflagrada pela Polícia Federal do Amazonas na última terça-feira (20).
Com o objetivo de combater o desvio de recursos da saúde pública, a Polícia Federal cumpriu mandados de prisão, de busca e apreensão e conduções coercitivas. A ação foi realizada em Manaus, Tabatinga e Itacoatiara.
Em Tabatinga, a gestora da UPA, Pauline Campos, foi conduzida pela Polícia Federal para prestar esclarecimento sobre o suposto desvio de recursos da saúde pública. Pauline é anestesista e era a única profissional dessa área na cidade que realizava atendimentos no Hospital Militar e na UPA. Ela foi afastada das unidades e fica à disposição da Justiça até a conclusão das investigações.
Conforme a investigação da Controladoria Geral da União (CGU), de abril de 2014 a dezembro de 2015, o Fundo Estadual de Saúde transferiu cerca de R$ 276 milhões à organização social Instituto Novos Caminhos para administrar duas UPAs, uma em Manaus e outra em Tabatinga, e também um centro de reabilitação para dependentes químicos, no município de Rio Preto da Eva. De acordo com a CGU, os repasses milionários chamaram a atenção. Ainda segundo o órgão, entre maio e agosto deste ano, os principais fornecedores teriam recebido pagamentos por serviços indevidos, não prestados e superfaturados.
No total, foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva, três mandados de condução coercitiva, 40 mandados de busca e apreensão, 24 de bloqueios de bens e 30 de sequestros de bens.
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