100 dias após a posse dos novos governadores, o Revista Brasília entrevistou, nesta sexta-feira (10), o chefe da Casa Civil do Distrito Federal Hélio Doyle, que fez um balanço deste período e as perspectivas da gestão pública distrital.
Hélio Doyle explica que 100 dias são pouco mais de três meses, “é um tempo curtíssimo em qualquer circunstância”, e nas condições em que o governo foi encontrado, se torna ainda mais apertado, por causa do rombo financeiro. O chefe da Casa Civil justificou que o período foi dedicado a administração de crises: crises por falta de pagamento, com pessoal, com sindicatos e foi necessário organizar as contas para superar situação.
Sobre o ajuste financeiro que parece ter sido resolvido, o secretário afirma que existe uma calmaria aparente, porque foi preciso escalonar o pagamento dos servidores por faixas salariais e alguns sindicatos de categorias mais bem remuneradas ganharam na Justiça o direto de receber em dia. Mas considerando uma injustiça pagar os funcionários que recebem menos, escalonado, foi decidido pagar a todos igualmente. Mas infelizmente, diz o chefe da Casa Civil, o salário os servidores terceirizados por empresas que contratam mão de obra para o GDF, tiveram atraso de salários, porque não existem recursos. Doyle também disse que agora há o problema dos médicos residentes também deixaram de receber.
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“Nós continuam as fortes restrições financeiras, com deficit bastante acentuado, com distorções muito grandes no orçamento”, ressalta. De acordo com Hélio Doyle o orçamento não reflete a realidade dos pagamentos e, portanto, a situação não está tranquila. O chefe da Casa Civil citou como exemplo, o Bolsa Família, que segundo ele, está com insuficiência orçamentária de R$ 60 milhões e na limpeza pública, de R$76 milhões.
Acompanhe esta entrevista sobre os 100 dias do governador do Distrito Federal ao programa Revista Brasília, com a jornalista Rejane Limaverde, na Rádio Nacional de Brasília.
O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 10h na Rádio Nacional de Brasília.