Em média, um processo de adoção no Brasil demora cerca de um ano. Hoje, apenas no Distrito Federal, 88 crianças e adolescentes esperam por adoção. Destas, nenhuma se encaixa no perfil mais procurado de crianças que é de 0 a 2 anos, saudável, sem irmão e de cor branca. Por outro lado, 420 famílias estão inscritas na fila de adoção, nenhuma se interessa em acolher um dos 60 adolescentes que aguardam na fila.
O psicólogo e supervisor de Adoção da Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal, Walter Gomes, explica que o processo de adoção passa por fases. O primeira fase é a de inscrição: qualquer pessoa com idade acima de 18 anos que queira adotar uma criança, vai realizar um cadastro e apresentar documentos. Além disso, é preciso participar de um curso de preparação e ser avaliado por uma equipe técnica da Vara da Infância. O objetivo é verificar se o candidato de fato, apresenta as motivações adequadas e o ambiente familiar caracterizado pelo afeto, se os demais membros da família compartilham com o desejo de adotar uma criança, porque ela será apenas filho mas também membro da família e por isso é importante que os demais membros da família estejam ratificando, reforçando esse desejo. Esse processo inicial tem em média 10 a 12 meses de tramitação.
Em seguida tem início a segunda fase, que é a espera, onde o candidato aguarda a Justiça para conhecer a criança de acordo com o perfil que o candidato estabeleceu. Segundo o psicólogo, esse momento é o mais difícil porque a maior parte procura crianças entre 0 a 2 anos, saudáveis, sem irmão e de cor branca. E ele ressalta que esse não é o perfil da maior parte das crianças disponíveis para adoção. A terceira e última fase é o processo de adoção em si.
Saiba mais no site da Vara da Infância e Juventude do TJDFT.
Ouça esta entrevista sobre adoção ao programa Tarde Nacional, com apresentação de Fátima Santos, na Rádio Nacional de Brasília.
Adoção por amor incondicional
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