O Brasil se despediu do escritor e jornalista Carlos Heitor Cony, morto na última sexta-feira (5), no Rio de Janeiro. Autor de 17 romances, Cony recebeu os principais prêmios da literatura brasileira. Um dos seus livros mais importantes é "Quase Memória", lançado em 1995. Este foi um dos objetos da tese de doutorado da jornalista Juliana Millen.
Em entrevista ao Arte Clube, ela destacou a maneira única como o autor abordava a memória.
"Uma coisa que faz a diferença no Cony é a memória como experiência de vida, trabalhando com a ideia de verdades relativas, misturando ficção e verdade", conta.
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A jornalista também falou da atualidade da obra de Cony. "Ele era contra esse tempo da informação imediata. Essa é a grande contribuição da obra dele, de como trabalhar as memórias neste mundo que a gente está", explica.
Segundo ela, a mensagem que a obra de Cony deixa é de que toda escrita é autobiográfica.
O Arte Clube vai ao ar de segunda a sexta-feira, de 12h às 14h, pela Rádio MEC AM 800 kHz e pelo site das Rádios EBC.