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Crise hídrica: conheça a história do abastecimento de água no Rio de Janeiro

Professor afirma que sistema vai se tornando caótico, à medida que não

O Bate-papo Ponto Com desta segunda-feira (23) apresentou a primeira parte do especial sobre a crise hídrica. Para falar sobre a história do abastecimento de água na Cidade Maravilhosa, quem veio ao estúdio da MEC AM foi o professor de História da UniRio, Joaquim Justino. Também participou o aluno de Jornalismo da Facha, Guilherme Mello, que estará presente ao longo desta semana.

 

Ao comentar o histórico da água na cidade do Rio, o professor disse que o sistema de distribuição era feito por escravos aguadeiros. Depois, na década de 1880, ele lembrou que a cidade teve obras de canalização, com a tubulação assentada à margem da linha da Estrada de Ferro Rio d´Ouro, trazendo água do Rio Tinguá, na Serra do Comércio, para a cidade do Rio de Janeiro. Obras que duraram apenas seis dias.

 

O professor Joaquim Justino afirmou que  "o sistema de abastecimento de água vai se tornando caótico, à medida que você não tem os investimentos necessários que acompanham a expansão urbana [...] se você tem uma expansão não planejada, não adequada, se ela é simplesmente a cargo dos capitais que dão conta da produção imobiliária e dos serviços de transportes, da construção dos arruamentos.Fica muito complicado porque você não faz a comparação da quantidade de população que você tem que abastecer, das indústrias que tem que abastecer, do crescimento que houve nesses setores e a quantidade de crescimento que conseguiu no abastecimento de água."

 

 "Só depois de um tempo, o Estado começou a investir na água para atrair as indústrias", acrescenta ele quanto ao incentivo no atendimento de serviços essenciais à população. Entre os temas em pauta: água para agricultura e educação para o consumo. Brincando o professor arriscou até uma solução para a falta d'água: "Se houvesse carro a água, por exemplo, talvez houvesse mais interesse das autoridades em resolver o problema". 

 

Sobre a gastança de água para o agronegócio, conforme dados da Agência Nacional de Àguas (ANA), o aluno Guilherme foi enfático ao questionar por que não falamos sobre isso. Que gastos o setor teria para consumir tanta água, se até a indústria está diminuindo o consumo? E mais: Por que as nascentes não são aproveitadas? Clique no player acima para ouvir a íntegra do programa.

 

O Bate-papo Ponto Com vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, pela rádio MEC AM do Rio de Janeiro. Se preferir, ouça também ao vivo, aqui no link das rádios EBC. E curta a página da emissora no Facebook! 



Criado em 23/02/2015 - 15:30 e atualizado em 26/02/2015 - 14:05