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Bossamoderna homenageia Luiz Melodia

A série apresenta o primeiro de dois programas em homenagem a um dos grandes ícones da música brasileira

Bossamoderna

No AR em 01/10/2017 - 22:00

O Bossamoderna deste domingo (01) destaca Luiz Carlos dos Santos, o carioca do Morro de São Carlos. Luiz Melodia, que morreu em agosto de 2017, aos 66 anos, deixou uma obra absolutamente original, em que mesclou seu berço no samba do Estácio ao rhyhm e blues, à latinidade e à Jovem Guarda.

O Bossamoderna começa este programa especial com “Pérola negra”, letra e música dele, na voz da cantora baiana Gal Costa, em faixa do disco do show “Gal Fa-Tal – A todo vapor”, de 1971.

Outra diva baiana de estirpe endossou o novato. Maria Bethânia gravou “Estácio, Holly Estácio”, em seu disco “Drama – Anjo exterminado”, de 1972.

Em 1973, Luiz Melodia estreou o seu disco próprio, “Pérola negra”. Sua mistura de tradição e modernidade, com letras de combustão atômica salta de outro hino ao local de origem: “Estácio, eu e você”, com acompanhamento do conjunto Regional do Canhoto, em faixa de seu disco de estreia, “Pérola Negra”.

Além de compositor inovador, Luiz Melodia foi um cantor excelente, de timbre marcante e fraseado ágil, capaz de encarar qualquer gênero, como no “Forró de janeiro”, outra faixa de seu primeiro disco, que ele canta ao lado do anárquico Damião Experiência, acompanhado pela sanfona de Dominguinhos.

Taxado de maldito por seu comportamento inconformista fora dos padrões da indústria do disco, ele logo foi acolhido por seus pares rebeldes. Como o carioca Jards Macalé que gravou, em seu primeiro álbum solo, de 1972, “Farrapo humano”, a faixa faz parte do disco “Jards Macalé”, de 1972.

Gal Costa voltou a gravar Melodia em seu disco “Índia”, de 1973. “Presente cotidiano”, é mais uma obra do homenageado desta edição.

O titânico Arnaldo Antunes também gravou Melodia: “Para aquietar”, em faixa do disco “Ao vivo lá em casa”, de Arnaldo Antunes, de 2010. Igualmente registrado por outro expoente do rock, o grupo Barão Vermelho, com “Vale quanto pesa”, em gravação de 1997.

O artista, considerado maldito, estourou na televisão com “Juventude transviada”, incluída na trilha sonora da novela “Pecado capital” da TV Globo, de 1975. A partir dessa gravação de “Juventude transviada”, também editada em seu disco “Maravilhas contemporâneas”, de 1976, a expressão “auxílio luxuoso” entrou para o uso corrente.

Outro sucesso do cantor foi “Ébano”, sua concorrente no festival Abertura, de 1975, a obra é uma releitura do autor, em faixa de seu disco “14 quilates”, de 1997.

Clique no player abaixo e ouça o Bossamoderna.

 

Cássia Eller também sintonizou a voz rascante com o bardo do Estácio. “Sensações” saiu em seu disco de título autoexplicativo, “O marginal”, de 1992.

Zezé Motta dividiu com ele um grande sucesso do carioca do Estácio, “Dores de amores”, em faixa do disco “Zezé Motta”, de 1978.

Luiz Melodia foi um intérprete extraordinário, inclusive de composições alheias. Sua regravação de “Negro gato”, de 1980, ressignificou a canção de Getúlio Cortes, mesmo tendo sido antes registrada por Roberto Carlos, em 1966, e Erasmo Carlos, em 1974.

E esta primeira edição do Bossamoderna em memória de Luiz Melodia fecha com uma homenagem feita a ele em vida por um colega de geração, o pernambucano Alceu Valença: “FM Rebeldia”, faixa de seu disco, “Andar andar”, de 1990.

Bossamoderna vai ao ar todo domingo às 22h pelas Rádios MEC AM e MEC FM com reprise toda quarta às 21h na MEC AM.. Envie seus pedidos de músicas, participação ou informações da programação também pelo Whatsapp (21) 99710-0537.

Criado em 28/09/2017 - 10:00 - Episódio Luiz Melodia 01

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