O Caderno de Música deste domingo (17) segue com o especial “220 anos de Hector Berlioz”, com destaque para a fase final da carreira do compositor francês.
Figura destacada da era romântica, Berlioz nasceu em 11 de dezembro de 1803, em La Côte-Saint-André, na França. Logo após concluir os estudos no Conservatório de Paris, entre 1830 e 1840, ele deu vida a algumas das peças mais icônicas de sua produção artística, como a 'Sinfonia Fantástica', 'Haroldo na Itália', o 'Réquiem' e 'Romeu e Julieta'. Na década de 1840, Berlioz passou grande parte do tempo fazendo música fora da França, consolidando simultaneamente uma sólida carreira como maestro. Uma extensa turnê por cidades europeias fortaleceu seus laços com músicos notáveis, como Mendelssohn, Schumann, Wagner e Meyerbeer. Ao retornar a Paris, Berlioz deu início a algumas de suas obras mais populares deste período, incluindo 'Le Carnaval Romain', 'Le Corsaire' e a monumental 'A Danação de Fausto'.
Durante a década de 1850, Berlioz se envolveu em uma variedade de projetos, incluindo uma versão de "Benvenuto Cellini", apresentada por Liszt, e a conclusão da trilogia sacra "L'enfance du Christ" (A infância de Cristo), dedicada à memória de sua ex-esposa Harriet Smithson, que havia falecido em 1854. Um ano depois, ele publicou o seu famoso 'Te Deum'.
Berlioz faleceu em 8 de março de 1869, aos 65 anos, deixando um legado artístico marcado por uma escrita extremamente pessoal e uma maestria incontestável na orquestração. Ele foi considerado por Richard Strauss como “o inventor da orquestra moderna”, e sua contribuição foi fundamental para a evolução da técnica composicional no ocidente.
Além de sua impactante contribuição musical, Berlioz deixou um notável legado no campo literário, com destaque para o influente "Tratado de Instrumentação", além de diversas contribuições para revistas de música, que foram reunidas nas obras "Mémoires" e "Les soirées de l'orchestre".
O Caderno de Música vai ao ar neste domingo, às 14h30, na MEC FM.