Maria de Lourdes Aragão Catunda, mais conhecida como Dalinha Catunda, nasceu em Ipueiras, no Ceará, e mora no Rio de Janeiro. Tem mais de cem cordeis publicados. Tem como tema preferido o gracejo e a mulher. Foi a primeira cordelista a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Literatura de Cordel, a ABLC.
Almir Gusmão nasceu em Recife e mora no Rio de Janeiro. Formado em Letras, durante onze anos trabalhou em agências de publicidade. Hoje trabalha na Prefeitura do Rio e é presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Tem vários cordeis publicados, muitos dedicados a figuras públicas da cultura nacional. Em 2003, publicou o livro “No Princípio Era o Provérbio”.
No Conversa com o Autor, os cordelistas Dalinha Catunda e Almir Gusmão comemoram os 35 anos da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, cuja sede fica em Santa Teresa, no Rio de Janeiro. A ABLC, como é chamada, foi fundada pelo poeta Gonçalo Ferreira da Silva em 1988. No programa, os cordelistas declamam cordéis que escreveram em vários folhetos ao longo da carreira literária. Falam da alegria de poder contar a história do Brasil e das pessoas. Comentam o que pensam sobre o mundo, sobre a luta contra preconceitos ou sobre os cordéis para as crianças. Tudo isso através de versos com canto ou leitura. Os dois explicam a métrica da construção de um cordel e a origem desses versos que vieram da Europa e se transformaram no Brasil, principalmente no Nordeste, onde a força do cordel se mostra nas ruas, escolas e praças. É uma volta ao passado, uma comemoração pelo presente e uma esperança de um futuro com mais cordelistas para manter a tradição.
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