O Ministério Público do Pará, com atuação em Santarém, e a Polícia Civil do estado deflagaram, nesta quinta-feira (08), a 11ª da Operação Perfuga, denominada Propagare. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede da Câmara Municipal de Santarém e na sede da empresa Vox Comunicação.
Segundo o MP paraense, as investigações encontraram fortes indícios de direcionamento para que a Vox fosse a vencedora de licitação feita em 2017 pela Câmara Municipal. De acordo com o Ministério Público, também há suspeita de desvio de dinheiro público pago pela Câmara à Vox. Notas ficais apreendidas mostram que a Vox recebeu mensalidades de R$ 5.500,00, porém não há documento que comprove que as atividades foram realizadas.
A primeira fase da operação Perfuga foi deflagrada em agosto de 2017 para apurar esquema de corrupção no órgão legislativo. Conforme balanço do MP, em um ano de investigações, oito denúncias foram ajuizadas e 54 réus denunciados.
O advogado que representa a Vox Comunicação informou que não poderia se manifestar porque ainda não teve acesso à decisão que motivou a operação. A reportagem não conseguiu contato com a Câmara Municipal de Santarém.Devido ao volume de desdobramentos, a operação não tem data para terminar.
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