A Delegacia da Mulher de Cuiabá instaurou este ano cerca de dois mil inquéritos e atuou para que 1.600 medidas protetivas fossem concedidas. De janeiro a outubro, oito mil mulheres foram vítimas de lesão corporal, 247 sofreram tentativa de homicídio e 61 foram assassinadas.
No final do ano, a preocupação com os casos de violência doméstica aumenta, já que o alto consumo de bebida alcoólica potencializa as agressões. A delegada Jozirlethe Criveletto afirma que as instalações da delegacia foram adaptadas para agilizar o atendimento:
“Nós temos hoje vários cartórios que trabalham dentro da delegacia só com o pronto-atendimento de violência doméstica. E isso facilita para essa vítima, que busca a delegacia, ela já faz um registro de ocorrência, é encaminhada ao setor de pronto-atendimento, e já sai da delegacia com os encaminhamentos.”
A delegada também destaca a importância das vítimas serem atendidas sem contato com agressores e de forma respeitosa: “Houve uma adequação, foi feita uma reforma na delegacia, na parte térrea, para que houvesse essas adequações, de um espaço para a espera dessas vítimas, um espaço para atendimento de psicologia, de assistência social, para que ela tivesse um melhor acolhimento nessa chegada na delegacia.”
A Delegacia da Mulher de Cuiabá também criou um núcleo de investigação que atua para elucidar crimes e comprovar o descumprimento de medidas protetivas. Isso ocorre quando o agressor, mesmo impedido por determinação judicial, se aproxima da mulher anteriormente agredida ou ameaça. Denúncias desse e de outros tipos de violência contra a mulher podem ser feitas pelo Ligue 180.
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