A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira a 2ª fase da operação Porteira Aberta. A Justiça Federal autorizou 15 mandados de busca e apreensão em endereços da região do Vale do Araguaia, em Mato Grosso, e em municípios nos estados de Mato Grosso do Sul e Goiás. A Justiça também determinou o afastamento do exercício de quatro fiscais federais do Ministério da Agricultura, por tempo indeterminado.
O objetivo da operação foi desarticular um esquema de pagamento de propinas para emissão de certificados sanitários com prejuízo à fiscalização no abate de animais. As investigações foram conduzidas pelo Ministério Público Federal e pelo Departamento de Polícia Federal. Segundo o inquérito, os agentes públicos recebiam propinas que variavam de 5 mil a 25 mil reais por mês. O Ministério Público pediu o sequestro de bens pertencentes dos fiscais agropecuários federais, no valor de mais de 5 milhões de reais, para garantir a devolução do valor desviado pela corrupção.A ação se baseou na documentação apreendida durante a primeira fase da operação Porteira Aberta, que ocorreu em junho do ano passado, e em informações obtidas por meio de acordo de colaboração premiada. Se forem condenados, os fiscais do Ministério da Agricultura podem pegar mais de 10 anos de prisão.
O Ministério da Agricultura informou, em nota, que acompanha as investigações, referentes a fatos ocorridos até 2017, colabora com autoridades policiais e cumpre decisões judiciais.