A proposta de reforma do Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal, o Iprev, coloca em risco aposentadoria futura dos servidores.
O presidente do Conselho de Administração do Iprev, Alberto Lima, que representa o Sindicato dos Servidores do GDF, afirma que a proposta do governo resolve o problema de imediato, mas em cinco anos a previdência dependerá de novos recursos do GDF.
O governador Rodrigo Rollemberg apresentou, nessa quarta-feira (23), à Câmara Legislativa o projeto de lei que propõe a reestruturação da atual previdência dos servidores. O GDF pretende fundir os dois fundos que compõem a previdência local.
O fundo financeiro abarca os servidores que ingressaram no GDF até 2006 e tem um déficit previsto de R$ 2 bilhões para 2017. Comporta 52 mil servidores contribuintes e 58 mil aposentados. Já o fundo capitalizado tem um saldo positivo de R$ 3,7 bilhões, sendo composto pelos servidores que ingressaram no governo após 2006, com 34 mil servidores na ativa e apenas 152 aposentados.
Clique no player abaixo para ouvir o Repórter Nacional Brasília.
Com a reforma do Iprev, o governo espera utilizar os R$ 170 milhões mensais de recursos que iriam para o fundo deficitário para pagamento dos servidores da ativa.
Mas a medida coloca em risco a aposentadoria dos servidores que ingressaram após 2006. Com a união dos dois fundos, será necessário o governo realizar novos aportes no futuro já que os recursos desses servidores estão sendo utilizados para o pagamento das aposentadorias de hoje.
Rollemberg ainda propõe a aplicação do piso salarial do INSS para os novos servidores que ingressarem no GDF, além da criação de uma previdência complementar.
O presidente da Câmara Legislativa, deputado Joe Vale, afirmou que o projeto deve ser analisado com urgência, mas sem definir data para votação. O projeto ainda vai passar pelas comissões da casa.
Repórter Nacional Brasília vai ao ar, de segunda a sexta, na Rádio Nacional de Brasília.