A Polícia Civil do Distrito Federal investiga cinco pessoas envolvidas no desvio de recursos públicos destinados à pesquisa. Na manhã desta quarta-feira (18), foi realizada a Operação Campo Novo. Cerca de 30 agentes cumpriram sete mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nas cidades de Luziânia e Goiânia, no Estado de Goiás.
Segundo as investigações da polícia, a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) firmou acordo com o Instituto de Estudos e Projetos de Interesse Social (IEPS), no valor de R$ 2,5 milhões. Mas esse convênio não foi cumprido como previsto. Entre os cinco investigados estão o presidente da FAP, na época, Kazuyoshi Ofugi; o subsecretário da Secretaria de Ciência e Tecnologia do DF, no período, Sílvio Sakata; e sócios das empresas subcontratadas pelo IEPS. O delegado Maurílio Lima explicou que mais de 10 pessoas já foram ouvidas, mas ninguém ainda foi preso porque as investigações continuam e ganham mais elementos, com os objetos apreendidos nos mandados de hoje.
Os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, peculato, dispensa indevida de licitação, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. O nome da Operação Campo Novo é uma referência ao Estádio Camp Nou do time espanhol Barcelona, porque a polícia incluiu no inquérito uma fotografia do local, na qual aparece o subsecretário investigado, abraçado com um dos ganhadores da licitação do convênio. Segundo a polícia, a imagem confirma o uso do dinheiro público desviado. Os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, peculato, dispensa indevida de licitação, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
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