Pessoas sem moradia também têm direito ao atendimento de saúde. É o projeto Consultório na Rua, criado em 2011 pelo Ministério da Saúde e aderido pelo Distrito Federal um ano depois.
Ao todo, são três equipes multiprofissionais que atendem a população que não tem onde morar. Há equipes nas unidades básicas de saúde tanto de Taguatinga quanto de Ceilândia, e no centro de referência especializado para a população em situação de rua, no Plano Piloto.
Em Taguatinga, o grupo se divide entre rondas na rua e acolhimento de pacientes na unidade nº 5. Isso porque quando o atendimento não pode ser feito na rua, a pessoa é encaminhada para uma consulta mais detalhada. Lá é aferida a pressão arterial e, se necessário, são prescritos medicamentos que podem ser retirados de graça na rede pública.
De acordo com o médico da equipe, Arthur Maldonado, moradores de rua têm dificuldade de acesso por causa do deslocamento e, para evitar barreiras que desestimulem o morador de rua a buscar uma unidade de saúde, a equipe vai até ele sem a necessidade de agendar um horário.
Na equipe tem também psicólogo, assistente social e enfermeiro. A intenção é oferecer um bem-estar geral ao paciente em situação de rua para resgatar a dignidade e a cidadania, além de outro objetivo: inserir o paciente no sistema. Por isso, ele tem cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), mas nem todos se identificam. Em Taguatinga a equipe já cadastrou cerca de 1200 pessoas.
Infecções sexualmente transmissíveis e dependência de álcool e drogas são os principais problemas detectados. E quando o paciente afirma que quer deixar a rua, entra em ação a equipe de acolhimento, que aciona outras áreas do governo para buscar abrigo.
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