Justiça Federal vai investigar 12 pessoas acusadas de fraude nas obras do Mané Garrincha

Três denúncias originadas na Operação Panatenaico foram recebidas pela Justiça Federal, no Distrito Federal. As denúncias foram feitas pelo Ministério Público Federal, no DF, que pede a condenação de 12 pessoas denunciadas por organização criminosa, corrupção ativa e passiva, fraudes a licitação e lavagem de dinheiro dos recursos destinados à obra do Estádio Nacional de Brasília, o Mané Garrincha, para a Copa do Mundo de 2014.

A operação Panatenaico foi deflagrada pela Polícia Federal, em maio de 2017, para investigar a organização que fraudou e desviou recursos das obras de reforma do Mané Garrincha.

O MPF pede que a justiça tire dos denunciados direitos públicos e mandatos, caso tenham vinculo com a administração pública. Além disso, o MPF quer que todos os danos materiais sejam reparados e que sejam devolvidos mais de R$ 34 milhões. Outros R$ 17 milhões são pedidos na denúncia, para ressarcimento de prejuízos causados aos cofres públicos.

Agora, a empresa Via Engenharia está proibida pela justiça de participar de licitações ou de assinar contratos com a administração pública. Segundo o MPF, o pedido acatado foi feito para que a empresa não pratique novas infrações penais.

O MPF explicou que as obras do Mané Garrincha foram contratadas, inicialmente, por R$ 696 milhões. Outros pontos foram acrescentados ao contrato e o valor ultrapassou R$ 1,5 bilhão, tornando, então, o estádio mais caro da Copa do Mundo de 2014.

As investigações apontaram que a licitação para as obras foi direcionada e que houve pagamento de propinas e lavagem de dinheiro. A obra foi toda custeada com recursos públicos, pagos pela Terracap.

A Terracap informou que não vai se pronunciar sobre o assunto, porque se trata de questões ligadas ao governo anterior. A Via Engenharia não se posicionou até o fechamento desta reportagem.

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