Casa de Parto de São Sebastião celebra 18 anos de funcionamento

Logo na entrada da Casa de Parto de São Sebastião, um letreiro contabiliza o número de nascimentos do local: 1537. Os 10 anos de gestão humanizada e os 18 anos de funcionamento da Casa de Parto carregam muitas histórias de sucesso, mas também muitos desafios.

O principal deles foi manter a casa aberta. O modelo que preconiza o protagonismo da mulher com o mínimo de intervenções, e dispensa a atuação contínua de um médico durante o parto, incomodou. Mas a equipe de enfermeiros obstétricos e técnicos de enfermagem, que levam o atendimento à frente, provaram a capacidade do serviço prestado.

Quem viveu a experiência de dar à luz na Casa de Parto não poupa elogios para o serviço prestado. Um exemplo é Sabrina Viana, que viveu duas experiências no local. Mesmo com plano de saúde, ela escolheu a Casa de Parto para trazer os filhos ao mundo.

Os debates em torno da ampliação da Casa de Parto já acontecem há anos. Mas, de acordo com a Secretaria de Saúde, não há previsão, por enquanto, da construção de outras unidades similares no DF. A gerente do local, Jussara Vieira, fala sobre as necessidades de se expandirem esse tipo de atendimento para outras regiões administrativas.

O respeito ao parto e a redução de intervenções são estatísticas na Casa de Parto. Desde 2014, a prática de episiotomia na instituição é realizada em menos de 2% dos casos. Em 2017, por exemplo, o corte feito para auxiliar no nascimento não foi realizado em nenhuma mulher.

O atendimento humanizado, com práticas que respeitam os desejos da mãe e as necessidades das crianças, aumentam o grau de realização da parturiente e a satisfação com o atendimento: cerca de 99% das mulheres que foram atendidas na Casa de Parto avaliaram positivamente  o trabalho prestado.

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