Após dezenas de denúncias de negligência e violência de médicos que atenderam mulheres e gestantes no Hospital Regional da Samambaia, uma força-tarefa foi criada para investigar a situação e adotar medidas para evitar novos casos.
O grupo é formado por representantes da Secretaria de Saúde, Polícia Civil, do Conselho Regional de Medicina, Sindicato dos Médicos, Ministério Público do DF e outros cinco órgãos.
A 26ª sexta Delegacia de Polícia, localizada em Samambaia Norte, já recebeu, até terça-feira passada, 31 denúncias de mulheres vítimas de negligência médica e violência obstétrica no hospital da cidade. Existem casos que ocorreram há três anos. A maioria relata descaso no atendimento. Algumas descrevem a morte dos bebês, após a consulta.
A psicóloga clínica Raquel Melo explica que casos de negligências ou violências físicas e emocionais podem ocorrer antes, durante ou depois do parto.
A força-tarefa definiu quatro prioridades para serem executadas ainda este ano. Uma delas é que os exames periciais relacionados aos 11 casos já investigados pela Polícia Civil fiquem prontos até o dia 12 de novembro.
A 1ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Usuários do Sistema de Saúde do Ministério Público deverá comunicar obrigatoriamente à Secretaria de Saúde denúncias judicializadas de condutas impróprias de profissionais da rede pública que atendam gestantes. E a Secretaria de Saúde deverá repassar o número de partos realizados nos últimos dois anos no Hospital Regional de Samambaia.
Ficou definida ainda a criação de um fórum permanente para elaborar protocolos a serem seguidos pelos obstetras na hora do atendimento das gestantes.
Outros destaques do Repórter Nacional - Brasília (7h30) desta quarta-feira (31):
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