As contas de água e esgoto do Distrito Federal terão uma nova forma de cálculo e com isso 40 por centos dos consumidores devem pagar tarifas mais baixas. A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF, a ADASA, publicou nesta segunda-feira as novas tarifas. Pelo novo cálculo, quem consumir mais irá pagar um maior valor nas contas. A mudança atende a uma lei aprovada este ano pela Câmara Legislativa que acabou com o consumo mínimo de 10 metros cúbicos de água por mês. Assim, a Adasa projetou uma nova tarifa a partir de faixas crescentes de consumo de água. O presidente da Agência, Paulo Salles, explica as mudanças:
A tarifa social de água também será ampliada para todos os setenta mil beneficiários do programa Bolsa Família e será a metade do valor do uso comum. A redução pode chegar até a 82% . Quem estiver no programa e consumir 1 metro cúbico de água por mês vai pagar R$10,99. Para o uso residencial, haverá uma tarifa fixa de 8 reais que será somada a faixas variáveis de consumo. A mais baixa será de até 7 metros cúbicos com valor de R 2,99. O maior valor será para consumo acima de 45 metros cúbicos ao mês, custando R$ 23,87. Para quem consome, por exemplo, 4 metros cúbicos por mês, a conta passará dos atuais R$ 62,86 para R$ 39 ,92. Já para quem estiver na última faixa, acima de 40 metros cúbicos, a conta passará de R$ 643,00 para mais de R$ 754,00.
Lembrando que para a maioria dos consumidores, o cálculo final da tarifa é dobrado para o custeio do tratamento de esgoto. Também haverá mudanças para o comércio, indústria e órgãos públicos – com redução de valores para até sessenta e oito centavos. Neste caso, o valor da parte fixa das tarifas será de 21 reais. Já para o uso de água tratada para paisagismo a tarifa sobe para 31 reais e cinquenta centavos. Os reajustes levam em conta a necessidade de garantir equilíbrio nas contas da CAESB. O novo cálculo levou em consideração as reuniões e consultas públicas realizadas pela ADASA, que recebeu mais de 760 contribuições de diversas instituições.
Por nota, a CAESB informou que enviou a Câmara Legislativa uma proposta da empresa para que as novas tarifas entrem em vigor a partir de junho de 2020, alegando precisar do tempo para fazer as adaptações necessárias. Ainda segundo a Companhia, o pedido deve ser analisado pelos parlamentares nos próximos dias.
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