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Equipes do Ibama e do ICMBio são retiradas de Humaitá após ataques

Ação criminosa ocorreu após a operação "Ouro Fino", que resultou na apreensão de balsas usadas em esquema de extração ilegal de ouro no Rio Madeira, em uma área de proteção ambiental

Repórter Nacional

No AR em 30/10/2017 - 10:18

Mesmo com o reforço na segurança do município de Humaitá, no Amazonas, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) foi alvo de um novo ataque no sábado (28). Dessa vez, um barco do Instituto foi incendiado. Houve perda total da embarcação. O crime ocorreu após ataques a prédios do ICMBio e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na última sexta-feira (27).

De acordo com o Ibama, a ação criminosa ocorreu após a operação "Ouro Fino", que resultou na apreensão de balsas usadas em esquema de extração ilegal de ouro no Rio Madeira, em uma área de proteção ambiental.

Ouça o Repórter Nacional na íntegra:

 

A suspeita é que garimpeiros da região tenham incendiado os prédios do ICMBio e do Ibama, além do barco como represália à operação. Após o ataque, funcionários dos órgãos ambientais deixaram o município escoltados por policiais federais.

O Ibama informou ainda que ninguém ficou ferido e que os danos são apenas materiais. A segurança em Humaitá foi reforçada por soldados do Exército e Policiais Federais.

O governador do Amazonas, Amazonino Mendes, determinou o deslocamento de equipes da Secretaria de Estado de Assistência Social, da Casa Militar e da Defesa Civil para trabalhar na assistência às famílias desabrigadas com o incêndio de balsas e no levantamento de informações sobre o caso.

Em nota, o Ibama e o ICMBio informaram que o combate aos crimes ambientais no rio e na região da BR230 será mantido. As entidades alertam que o garimpo ilegal na região causa graves danos ao meio ambiente e à saúde humana, além do risco à navegação. E que está quase sempre associado a diversos crimes, como contrabando e grilagem de terras, o que contribui para o aumento da violência no campo. A operação no Rio Madeira  é feita em conjunto com Exército, Marinha e Força Nacional.

A Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente repudiou o ataque e prestou solidariedade aos órgãos ambientais.

Os veículos e embarcações do ICMBio foram levados de Humaitá, no Sul do Amazonas, para Porto Velho, em Rondônia, como medida de segurança.

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Criado em 30/10/2017 - 10:31

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