Mesmo com o reforço na segurança do município de Humaitá, no Amazonas, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) foi alvo de um novo ataque no sábado (28). Dessa vez, um barco do Instituto foi incendiado. Houve perda total da embarcação. O crime ocorreu após ataques a prédios do ICMBio e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na última sexta-feira (27).
De acordo com o Ibama, a ação criminosa ocorreu após a operação "Ouro Fino", que resultou na apreensão de balsas usadas em esquema de extração ilegal de ouro no Rio Madeira, em uma área de proteção ambiental.
Ouça o Repórter Nacional na íntegra:
A suspeita é que garimpeiros da região tenham incendiado os prédios do ICMBio e do Ibama, além do barco como represália à operação. Após o ataque, funcionários dos órgãos ambientais deixaram o município escoltados por policiais federais.
O Ibama informou ainda que ninguém ficou ferido e que os danos são apenas materiais. A segurança em Humaitá foi reforçada por soldados do Exército e Policiais Federais.
O governador do Amazonas, Amazonino Mendes, determinou o deslocamento de equipes da Secretaria de Estado de Assistência Social, da Casa Militar e da Defesa Civil para trabalhar na assistência às famílias desabrigadas com o incêndio de balsas e no levantamento de informações sobre o caso.
Em nota, o Ibama e o ICMBio informaram que o combate aos crimes ambientais no rio e na região da BR230 será mantido. As entidades alertam que o garimpo ilegal na região causa graves danos ao meio ambiente e à saúde humana, além do risco à navegação. E que está quase sempre associado a diversos crimes, como contrabando e grilagem de terras, o que contribui para o aumento da violência no campo. A operação no Rio Madeira é feita em conjunto com Exército, Marinha e Força Nacional.
A Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente repudiou o ataque e prestou solidariedade aos órgãos ambientais.
Os veículos e embarcações do ICMBio foram levados de Humaitá, no Sul do Amazonas, para Porto Velho, em Rondônia, como medida de segurança.
Confira também nesta edição:
- Catalunha passa primeiro dia sob administração direta do governo espanhol
- Michel Temer deve ter alta nesta segunda-feira (30)
- Câmara tenta votar regulamentação do Uber e medida Provisória do Fies