Na abertura dos trabalhos deste ano na Câmara Legislativa do Distrito Federal, repercutiu o projeto de lei assinado por todos os 5 membros da mesa diretora para cortar a verba indenizatória de R$25 mil mensais que os deputados podem utilizar para gastos com material gráfico, gasolina, consultoria especializada, escritório legislativo, entre outros.
O projeto foi lido no plenário nesta quinta-feira (01), e ainda vai ser analisado por comissões da casa antes da votação pelo conjunto dos parlamentares.
Deputados apontaram um possível caráter eleitoreiro do projeto. Um dos motivos seria a criação de outras verbas para custear os itens hoje pagos com a verba indenizatória. Outra crítica é que a quantia a ser economizada também seria pequena, se comparada ao orçamento da Câmara, de mais de 500 milhões de reais. O deputado Chico Vigilante, do PT, afirma que vai propor que outros cortes sejam feitos de forma mais significativa. No plenário, ele defendeu o corte linear de 10% orçamento da Câmara.
O presidente da Câmara do DF, deputado Joe Valle, do PDT, defendeu o fim da verba indenizatória frente ao apelo popular para que os parlamentares gastem menos. Mas confirmou que existe a possibilidade de criar outras formas de custeio de divulgação gráfica do mandato e de gasolina.
Os parlamentares falaram também de outras matérias que devem ser prioridade na Câmara este ano, que é eleitoral. Um dos temas mais citados foi a regularização fundiária no DF, mas o presidente da Câmara avalia que esse ano, em que setores da sociedade pressionam políticos em troca de apoio, a discussão sobre a questão fundiária pode sair prejudicada. A Lei de Uso e Ocupação do Solo, foi enviada no fim do ano passado pelo Poder Executivo.
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