Na data que marca os 132 anos da Proclamação da República, o Revista Brasil o Príncipe Dom João de Orleans e Bragança, um dos herdeiros da Coroa para falar sobre o olhar da extinta monarquia sobre o fim do Império e a chegada da República, como forma de sistema político no Brasil. A Proclamação foi resultado de um levante político-militar, apoiado por Marechal Deodoro da Fonseca, em 1889, que deu início ao presidencialismo e derrotou o Império. O príncipe, que é bisneto da Princesa Isabel e trineto de Dom Pedro II, traz sua visão sobre o episódio histórico. "A República veio bruscramente, através de um golpe militar, isso é um dos pontos mais importantes nessa escrita da história. Eu diria que nem deveria se chamar 'proclamação', deveria se chamar 'o golpe de 1889''', contesta.
Dom João faz uma avaliação sobre as consequências da Proclamação para o país e para a Família Real. Para ele, a Proclamação não foi um processo de grande legitimidade apoiado pela maioria, na época. "A República não é só forma de governo, a República são valores, de Igualdade, de transparência, de instituições fortes, de democracia, de liberdade. Esses são os valores que a República pregou em países que ela surgiu para tirar reis tiranos, mas, infelizmente, não foi o caso do Brasil, já que Dom Pedro II era muito querido pela população, e se houvesse uma votação na época, provavelmente, Pedro II não seria tirado do governo", avalia.
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