A falta de água não é um problema somente em São Paulo. Há uma crise de abastecimento que já castiga cinco das dez maiores regiões metropolitanas do país. Estima-se que 884 milhões de pessoas (12% da população mundial) vivem sem água potável e 2,5 bilhões (dois quintos da população) não têm acesso a saneamento básico.
O coordenador do Programa Água para a Vida do WWF-Brasil, Glauco Kimura de Freitas, diz que para debater alternativas para uso sustentável da água, primeiro tem que fazer valer a lei. A legislação prevê a implementação dos comitês de bacias hidrográficas, a implementação de instrumentos da política e entre a cobrança pelo uso da água e a lei deve ser implementada e monitorada de forma transparente pela sociedade.
Glauco fala que é preciso ainda um olhar diferente para a crise, porque governantes e setor privado falam muito em ampliar a oferta de água, com a construção de novos reservatórios, mas tem que olhar a bacia hidrográfica. Só assim é que se pode saber de onde vem a água que vai para os reservatórios e para as torneiras. E não basta somente chover, é importante ter vegetação, florestas, nascentes, mananciais e sem essas coisas estamos fadados ao fracasso.
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Entenda o assunto nesta entrevista ao programa Revista Brasil, no ar de segunda-feira a sábado, às 8h, na Rádio Nacional de Brasília, com apresentação do jornalista Valter Lima.