Nesta sexta-feira (12) o programa Revista Brasil promoveu um debate sobre a Reforma Eleitoral, entre os pontos abordados está a obrigatoriedade do voto. Quais as vantagens e desvantagens da manutenção da obrigatoriedade?
O cientista político da Universidade Federal Fluminense, Márcio Marco Nico, lembra que esse debate é antigo e que vários países do mundo optaram pela não-obrigatoriedade, como nos Estados Unidos onde o voto é facultativo. Para ele, até o momento esse modelo de voto tem dado certo, incentivando a cidadania. Para o professor, a sociedade civil não está preocupada com esse tema, mas sim com outros temas como a reeleição.
De Brasília, participou da mesa redonda o advogado especialista em Direito Eleitoral, Arthur Luiz Mendonça Rollo. Ele levanta o seguinte debate: será que realmente o voto é obrigatório? Para ele, não há grandes consequências para quem não quer votar, dá o exemplo o eleitor que viaja e vota em trânsito, ou justifica o voto em qualquer sessão eleitoral. "E quem está na praia e não quer ir lá votar? simplesmente paga uma multa que não ultrapassa os R$4. Ou seja, o não comparecimento não gera maiores consequências", avalia.
Reeleição
Sobre a reeleição, o cientista político Márcio Marco Nico avalia que é importante assinalar a forma como foi aprovada a reeleição no Brasil. Para ele, os congressistas podem estar votando pela reeleição influenciados por um certo cauísmo, e não estão debatendo se a reeleição é favorável ou não. Já na avaliação do advogado Arthur Rollo, a utilização da máquina pública acontecia antes da reeleição, mas agora com a reeleição ocorre muito mais. "Quem usa a máquina pública sai na frente" e por isso ele comemora a votação para acabar com a reeleição.
Acompanhe esta mesa redonda sobre Reforma Política com os especialistas no assunto, o cientista político Márcio Marco Nico e o especialista em Direito Eleitoral, Arthur Luiz Mendonça Rollo, no programa Revista Brasil, na Rádio Nacional de Brasília, em rede com as Rádio Nacional do Rio de Janeiro e Rádio MEC AM do Rio de Janeiro, com mediação dos jornalistas Valter Lima, da Nacional de Brasília e Marco Aurélio Carvalho, da Rádio MEC AM do Rio de Janeiro.