Em tempo de pandemia, pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo resolveram revisar a literatura científica por uma única curiosidade: investigar por que as crianças são menos acometidas pelo SARS-CoV-2 e se a amamentação poderia ter um papel protetor contra o vírus.
Eles notaram que as moléculas existentes no leite materno previnem infecções virais que causam distúrbios gastrointestinais. A lactoferrina, por exemplo, já foi testada e demonstrou potencial antiviral contra o SARS-CoV-1, responsável pela epidemia de Síndrome Respiratória Aguda Grave.
Os mais de cem estudos analisados indicam que o leite materno, além de transferir anticorpos para o bebê, também leva moléculas bioativas com ação antimicrobiana, como caseínas, lactoferrinas, proteínas do soro do leite e triptofano.
Também há evidências de que essas moléculas protegem o recém-nascido contra infecções virais.
Sobre o tema de amamentação em tempos de covid-19, a coordenadora da pesquisa, professora do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, Patrícia Gama, conversou com a âncora do Tarde Nacional da Amazônia, Juliana Maya.
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