Carnaval de rua do Rio em 2022 ainda em suspenso aguardando a evolução da pandemia

Em entrevista no Tarde Nacional desta sexta-feira (10) Rita Fernandes, presidente da Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro (Sebastiana), fundadora do bloco Imprensa Que Eu Gamo e que lançou em 2019, um ano antes da pandemia, o livro “Meu bloco na rua: A retomada do carnaval de rua do Rio de Janeiro” refletiu sobre a possível realização do Carnaval de Rua no Rio em 2022.

"A gente tem realizado reuniões esporádicas, pelo menos uma reunião por mês", conta Rita durante a entrevista sobre a organização dos blocos que, até o final de outubro, precisam de um posicionamento do poder público. Recentemente, nos dias 03 e 04 de setembro, a Sebastiana promoveu em seu canal do Youtube apresentações de dez blocos de Carnaval. Foi o Festival Sebastiana. O evento também transmitiu debates sobre a retomada do carnaval de rua, além das apresentações musicais, direto do Teatro Rival.

Na mesma semana, em formato virtual, aconteceu o "Carnaval do Coreto” reunindo oito blocos, entre eles Agytoê, Multibloco, Blocobuster e o Caramuela. Esse evento também contou com roda de conversas e debates sobre o carnaval carioca com integrantes de outros blocos, como o Balanço Zona Sul, Pipoca & Guaraná e o Turbilhão Carioca. Os eventos foram feitos com o apoio de recursos de editais como o da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, lançado no início do ano.

Além disso, está previsto para o final de setembro o evento virtual da Liga Zé Pereira, que vem com o projeto “O fio da meada”, reunindo nove blocos, entre eles o Cordão da Bola Preta. Serão quatro apresentações musicais, quatro oficinas (de música, instrumentos, alegorias e adereços) e um debate envolvendo todos os blocos tendo como convidado o AfroReggae.

A prefeitura do Rio planeja o Carnaval de rua para 2022, já tendo inclusive divulgado um caderno de encargos contendo as regras para as empresas que pretendem apresentar propostas de produção e implementação da infraestrutura necessária para os desfiles. Com base no último carnaval antes da pandemia, em 2020, o caderno de encargos da prefeitura estima que ocorrerão 500 desfiles de blocos em toda a cidade, sendo 60 por dia, entre sábado e terça-feira de carnaval. Os interessados em apresentar propostas para custear a festa deverão de se comprometer com a instalação de 34 mil banheiros químicos nas vias por onde passarão os cortejos, oito postos com estrutura para atendimento de saúde, sendo dois no Centro, dois na Zona Sul, um na Barra da Tijuca e um no Recreio dos Bandeirantes. A montagem das estruturas deverão ser feitas até 48 horas antes do cortejo e a desmontagem em até 24 horas depois.