Você já sofreu por amor? Já sentiu um aperto bem forte no peito que doía como se você tivesse levado um soco? Sentiu que uma dor emocional machucava como a dor física? Segundo pesquisas recentes de neuroimagem, o cérebro humano não faz distinção entre a dor física e a dor emocional.
Muitas vezes, um tipo de dor pode ser a repercussão do outro tipo, de acordo com o Coordenador dos Ambulatórios do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Rodrigo Leite.
Em entrevista ao Tarde Nacional desta quarta-feira (4), Rodrigo explicou que a comprovação desse paralelo pode representar uma mudança na forma como os profissionais de saúde encaram a dor emocional.
Segundo ele, os estudos mostram que a angústia, o aperto no peito e a dor no estômago, por exemplo, são reais, mas por uma causa psicológica. Porém, dizer que a dor tem origem psicológica não significa dizer que ela não existe.
As constatações jogam luz, ainda, em questões como somatização, dores musculares oriundas da depressão e até fibromialgia.
O programa Tarde Nacional vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 16h, na Rádio Nacional da Amazônia. A apresentação é de Juliana Maya.