COP21 deverá resultar em compromissos diferenciados entre países

O Tarde Nacional desta sexta-feira (31) tratou do que promete ser o assunto do segundo semestre de 2015: a COP21. Apesar de estar marcada para dezembro deste ano, 21ª Conferência do Clima já mobiliza cientistas, pesquisadores, ambientalistas e governantes de todo o mundo em torno do debate sobre o aquecimento global. O encontro vai acontecer em Paris, na França, e terá como objetivo costurar um novo acordo (em substituição ao Protocolo de Kyoto) para diminuir a emissão de gases de efeito estufa.

A entrevistada do Tarde Nacional foi a coordenadora de Política e Direito Socioambiental do Instituto Socioambiental (ISA), Adriana Ramos. Ela falou que as discussões serão intensas, tanto no Brasil quanto em outros países, neste segundo semestre, já que vamos conhecer quais serão as propostas de cada nação para este novo tratado.
 

Segundo Adriana, ao contrário do Protocolo de Kyoto, a expectativa é de que a COP 21 resulte em compromissos diferenciados entre os países, de acordo com suas reais possibilidades de cumprimento. Ela acredita que o grande desafio da COP 21 deverá ser a angariação de recursos para que as metas se concretizem, principalmente entre os países mais pobres.

Adriana Ramos também falou sobre o que podemos esperar do Brasil e dos EUA para a conferência, e aprofundou o debate sobre o possível aquecimento de 2°C na temperatura global. Segundo ela, os impactos desse aquecimento deverão ser diferentes em cada região do planeta, provocando os chamados “extremos climáticos”: onde é quente poderá ficar mais quente; e onde é frio poderá haver queda de temperatura.

Acompanhe aqui a íntegra desta entrevista.