A Câmara dos Deputados aprovou esta semana o polêmico projeto que acaba com a exigência do símbolo da transgenia nos rótulos dos produtos com organismos geneticamente modificados, como milho, arroz, óleo de soja, fubá e produtos derivados. O projeto foi aprovado por 320 votos contra 135, mas a proposta ainda precisa passar por votação no Senado.
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Este é o tema da mesa redonda desta sexta-feira (8) do programa Revista Brasil, que conversou com o consutor do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Gabriel Fernandes; a supervisora Institucional da Associação de Consumidores (Proteste), Sônia Amaro; e a representante Nacional do Movimento das Mulheres Camponesas, Iridiane Seibert .
O consutor do Consea explica que os alimentos transgênicos são aqueles obtidos a partir de cruzamentos feitos em laboratórios e portanto são produtos diferentes daqueles comuns e resultados de combinações que jamais ocorreriam na natureza e podem representar problemas para saúde ou para o meio ambiente no médio ou longo prazo.
A representante da Proteste defende que o projeto aprovado na Câmara fere o direito à informação e o Código de Defesa do Consumidor e significa um grande retrocesso.
Para a representante Nacional do Movimento das Mulheres Camponesas, já existe uma luta da resistência das sementes transgênicos, há muitos anos. E agora, não tendo a rotulagem dos produtos com a presença transgênica é mais uma forma de não dá o direito de escolha para o consumidor e permitir a maior expansão deste tipo de produto.
Confira a mesa redonda no programa Revista Brasil, com mediação do jornalista Valter Lima, na Rádio Nacional de Brasília.