O programa Caderno de Música deste domingo (18) celebra o compositor, pianista e violonista espanhol Joaquín Rodrigo (1901-1999).
Joaquín Rodrigo Vidre nasceu em 22 de novembro de 1901, em Sagunto, na Espanha. Aos três anos, ele contraiu difteria, uma doença que lhe causou cegueira permanente. Essa limitação física, no entanto, segundo o próprio compositor, foi o que o aproximou ainda mais da sua grande vocação. Rodrigo começou seus estudos musicais ainda jovem. Ao longo da sua trajetória, ele teve aulas com nomes como Francisco Antich, Enrique Gomá, Eduardo Lopez Chavarri e, principalmente, o professor e compositor francês Paul Dukas, na École Normale de Musique, em Paris.
Já no início dos anos 1920, Joaquin Rodrigo havia se tornado um excelente pianista e um compositor familiarizado com as novas correntes vanguardistas. As primeiras obras se caracterizavam por um delicado lirismo pessoal e cores orquestrais arriscadas que lembravam os compositores Ravel, Granados, e seu mestre Paul Dukas.
Ao longo da sua trajetória artística, Rodrigo realizou inúmeras turnês mundiais, recebeu importantes prêmios, medalhas e honras. Ele também foi professor convidado em conceituadas universidades e eventos de música, além de ter sido homenageado por diversas vezes nos mais importantes festivais do mundo. Embora seja conhecido por sua incrível contribuição para o repertório violonístico, Joaquín Rodrigo também compôs em diversos outros gêneros e estilos. Como exemplo, podemos destacar os “Cuatro madrigales amatórios”, o “Cántico de la esposa” e o virtuoso “Concierto heroico” para piano e orquestra, que chama a atenção pela extrema complexidade técnica.
Joaquín Rodrigo faleceu em Madri, em 6 de julho de 1999, mas seu legado continua vivo. Suas composições não apenas capturam a essência da alma espanhola, mas também influenciam e inspiram músicos ao redor do mundo.
O Caderno de Música vai ao ar todo domingo, às 14h30, na Rádio MEC.