O Caderno de Música deste domingo (3) apresenta mais uma edição da série “Biografias” e explora a vida e obra do compositor francês Gabriel Fauré, cujo centenário de morte ocorre neste mês de novembro.
Gabriel Urbain Fauré, ou simplesmente Gabriel Fauré, é amplamente considerado um dos maiores compositores franceses da história. Nascido em Pamiers, no sul da França, em 12 de maio de 1845, Fauré se tornou conhecido por sua capacidade única de unir lirismo e inovação. Sua estética marca o período de transição entre o romantismo tardio e o modernismo musical.
Além de organista e compositor, Gabriel Fauré também se tornou reconhecido por seu papel como professor e diretor do Conservatório de Paris, onde sua orientação formou gerações de músicos franceses. Durante sua gestão como diretor, ele implementou reformas que modernizaram o currículo e abriram caminho para novos estilos e abordagens, incluindo o impressionismo que mais tarde seria explorado por Claude Debussy e Maurice Ravel. Como compositor, Fauré ajudou a criar uma ponte entre o romantismo e o modernismo, e muitos de seus alunos, como Nadia Boulanger, Ravel e George Enescu tornaram-se figuras influentes na música do século 20.
O estilo de Gabriel Fauré acrescentou uma nova sensibilidade melódica à composição francesa, e seu foco em texturas delicadas e harmonias inovadoras o distinguiu de seus contemporâneos. À medida que envelhecia, sua música começou a ficar cada vez mais introspectiva e exploratória em termos harmônicos e estruturais. Isso refletia, de certa forma, a sua vida e dificuldades pessoais, incluindo a perda progressiva da audição. Sua produção musical é marcada por sua habilidade em evocar emoção de maneira íntima, sempre em equilíbrio com uma estética profundamente pessoal. Suas principais inovações foram a incorporação de elementos modais e a exploração de novas estruturas harmônicas.
O Caderno de Música irá ao ar agora em novo horário: domingo, às 12h30, na Rádio MEC.