Neste sábado (9) o Caderno de Música segue com a série sobre os sistemas de organização da música. No último programa, o Caderno de Música falou sobre os modos eclesiásticos, sua origem no século IX e sua sistematização pelo Papa Gregório. Com o tempo, os 7 modos principais: jônio, dórico, lídio, frígio, mixolídio, eólio e lócrio, foram sendo cada vez menos utilizados, permanecendo em evidência apenas os modos jônio e eólio, que deram origem aos dois modelos de tonalidades que temos no sistema tonal: maior e menor. Assim, os dois modelos maior e menor passaram a ser transportados para qualquer nota, bastando apenas manter a sequência de intervalos.
Johann Sebastian Bach, foi um dos primeiros compositores a fazer uso do sistema tonal, mas ainda se baseava no entrelaçamento de melodias do contraponto, técnica composicional em que uma u mais melodias são executadas simultaneamente e na qual o foco é a interação melódica das notas e não o efeito harmônico produzido pelo encontro das mesmas. Anos depois, Haydn impunha uma relação hierárquica maior entre as notas, fazendo uso dos recursos composicionais da época, evidenciando o jogo de tensão e repouso da harmonia e consolidando de vez o sistema tonal.3
A música tonal atravessou centenas de anos e, mesmo bastante questionada, como veremos nos programas posteriores, continua sendo o tipo de música mais escrita até hoje, seja no campo da música popular ou de concerto, como observamos a obra de Prokofiev, marcada pela estética neoclássica que aflorou a partir do século 20.
Conheça um pouco mais do sitema tonal no Caderno de Música, que vai ao ar todo sábado, às 11h30, na MEC FM,
Caderno de Música inicia série sobre os sistemas de organização da música
