O conhecido Lixão da Estrutural, que estava previsto para ser desativado nesta terça-feira, só será fechado no dia 20 de janeiro do ano que vem. A mudança foi anunciada pelo governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, que negociou a mudança com os catadores.
Segundo Rollemberg, para atender a Política Nacional dos Resíduos Sólidos - que determina a substituição dos lixões por aterros sanitários – será importante a incorporação dos catadores no processo produtivo dos resíduos. Para isso, algumas medidas foram anunciadas, na tentativa de melhorar o trabalho dos catadores.
Os novos itens anunciados por Rollemberg estarão disponíveis no fim de dezembro. A outra parte somente em 20 de janeiro, data definida para a desativação total do Lixão da Estrutural. Os catadores que atuarem nos galpões de triagem vão receber uma bolsa do governo, de R$ 360.
Além disso, os que reaproveitarem 40% dos resíduos receberão R$ 250 por tonelada. O valor passa a R$ 300 para quem aproveitar entre 40% e 70%. Acima dos 70%, serão pagos R$ 350 por tonelada. A ideia é reduzir o material a ser levado para o aterro, aumentar a vida útil do espaço e reaproveitar resíduos recicláveis.
Para a catadora Lúcia Nascimento, as mudanças são um avanço conquistado pela categoria.
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O Governo do Distrito Federal informou que vai ser responsável pelo custo de remoção e aterramento dos rejeitos dos resíduos que não forem aproveitados para reciclagem.
As cooperativas e associações de catadores que já atuam no lixão terão prioridade nos contratos de coleta seletiva nos galpões. Hoje em dia, quatro cooperativas já atuam em cinco regiões administrativas do DF e outras seis ainda devem ser selecionadas por licitação.
O Lixão da Estrutural existe desde a década de 60. Segundo o GDF, o espaço ocupa 200 hectares e é considerado o segundo maior lixão a céu aberto do mundo.