Ocupantes de cargos públicos na Secretaria da Casa Civil e na Câmara Legislativa podem ter favorecido empresas dentro do governo de Brasília. Entre elas, o Hospital Home e o Shopping Iguatemi. A Operação 12:26 da Polícia Civil deflagrada nesta terça-feira (7) investiga suposto tráfico de influência e advocacia administrativa no Governo do Distrito Federal.
A polícia encontrou indícios de que os integrantes do grupo criminoso conseguiram favorecer o Hospital Home no pagamento de R$ 1 milhão feito pelo Governo de Brasília.
As investigações também revelaram que o grupo obteve contrato de aluguel irregular de mais de R$ 870 mil por mês com a Secretaria da Casa Civil.
Outra irregularidade apurada é a tentativa de conseguir junto ao governo de Brasília aumentar a área construída do Shopping Iguatemi.
Na Operação 12:26 foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em São Paulo. O gabinete do assessor especial da Casa Civil, Marcello Nóbrega, foi um dos alvos. E também a sala de trabalho do administrador do Lago Norte, Marcos Wootmann.
Em São Paulo, escritórios de executivos do Iguatemi foram alvo de buscas e apreensões. Durante a operação, foram recolhidos documentos, celulares e computadores que irão ajudar no aprofundamento das investigações.
Ainda entre os investigados na Operação 12:26 estão os ex-funcionários do gabinete do deputado Rodrigo Delmasso (PRB).
O delegado-chefe da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado, Fernando César Costa, esclarece como as pessoas ligadas à administração pública agiam para favorecer empresários.
Os envolvidos podem responder por tráfico de influência e advocacia administrativa. Os crimes ocorrem quando agentes tentam, por meio da influência que têm, conseguir vantagens dentro do governo.
A assessoria do Hospital Home garantiu que o pagamento de R$ 1 milhão foi referente a contrato de serviços realmente prestados pela instituição à Secretaria de Saúde.
Em nota, o deputado Rodrigo Delmasso afirmou que soube do assunto apenas nesta terça-feira e já determinou a exoneração de um dos servidores envolvidos.
Já o Shopping Iguatemi esclareceu que todos os requerimentos para o aumento da área do centro comercial atenderam aos trâmites legais.
Até o fechamento desta reportagem, a Casa Civil e administração do Lago Norte não se posicionaram sobre a operação da polícia.
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