O Ministério Público do Distrito Federal entrou com recurso pedindo um novo julgamento para Tiago de Souza Joaquim, que foi a júri popular acusado do assassinato da esposa Vanilma Martins dos Santos. O caso foi o primeiro feminicídio registrado no DF em 2019.
Apesar de ter sido denunciado por homicídio triplamente qualificado, incluindo feminicídio, o réu foi condenado a uma pena de oito anos de prisão em regime semiaberto, por lesão corporal seguida de morte. Os jurados desclassificaram o crime para homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Tiago Joaquim ainda poderá recorrer em liberdade.
Na avaliação do promotor do caso, Marlon Fernandes, a decisão do júri contrariou as provas do processo e representa um retrocesso na luta contra a violência doméstica e familiar envolvendo mulheres. No DF foram registrados 33 casos de feminicídio só em 2019.
O crime ocorreu na madrugada de 5 de janeiro de 2019, no Setor Leste do Gama. Segundo as investigações, Tiago chegou em casa e discutiu com a esposa, após ela ter reclamado que ele estava embriagado. Na sequência, ele teria golpeado a mulher no tórax, sendo que a facada atingindo o pulmão da vítima, que mesmo sendo socorrida, não resistiu. O filho do casal de três anos estava no local.
Nossa equipe não conseguiu contato com a defesa de Tiago de Souza Joaquim até o fechamento desta edição.
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