Medida provisória anúnciada nesta quarta-feira (24) pelo Governo Federal dará a liberdade para o trabalhador dispor de parte do valor aplicado no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Ele poderá escolher se quer deixar o dinheiro parado ou sacá-lo uma vez por ano, a partir do mês de aniversário.
Em relação aos cotistas do Fundo do PIS/Pasep, que atendia a trabalhadores com carteira assinada antes da Constituição de 1988, o governo pretende permitir o saque de R$ 2 bilhões, de um estoque total de R$ 23 bilhões. A medida ainda precisa ser votada pelo Congresso Nacional depois do recesso parlamentar.
Sobre o assunto, o Revista Brasil conversou com Agostinho Pascalicchio, professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, que explicou as implicações das novas regras.
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Para o professor, a medida tem um lado bom, que o de "reativar a demanda, permitir que o trabalhador volte a comprar, ou ao menos saldar compromissos financeiros". Por outro lado, Agostinho é crítico sobre a forma como a medida foi apresentada. Segundo ele, houve "improvisação" por parte do governo. "São recursos que poderiam ser usados para adquirir um imovel ou, caso a pessoa seja despedida atenderem de maneira adequada o periodo ate o retorno para um novo emprego", pondera
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Produção: Kátia Lins