Neste Dia Internacional contra a Corrupção, o Revista Brasil entrevistou o especialista em Direito e Processo Penal, Leonardo Pantaleão, que explicou os principais avanços e os entraves que ainda dificultam as ações de combate a este crime.
Para ele, a legislação brasileira é muito acanhada no que se refere ao rigor da punição pelo crime de corrupção, que atualmente tem pena máxima de 12 anos.
Pantaleão destacou o papel do Judiciário e a importância da Operação Lava-Jato, "que desvendou de maneira irrefutável mecanismos estruturais de corrupção, embora tenha cometido excessos", disse.
A grande dificuldade, no entanto, é conseguir tornar material a prova do crime de corrupção. "Hoje as pessoas se acautelam muito mais, já não falam mais por telefone como antigamente, buscam aplicativos que são criptografados para evitar que alguém eventualmente possa ter acesso ao conteúdo. Então, é essa questão da materialização do crime que acaba tornando difícil a comprovação e a punição," destaca o especialista.
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