Entrou em vigor nesta segunda-feira (6) uma resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que estabelece normas para estímulo do parto normal e a consequente redução de cesarianas desnecessárias na saúde suplementar. A medida amplia o acesso à informação pelas consumidoras de planos de saúde, que poderão solicitar às operadoras os percentuais de cirurgias cesáreas e de partos normais por estabelecimento de saúde e por médico. A paciente terá ainda que assinar um termo de consentimento junto a um relatório do médico detalhado. Segundo a ANS, o convênio não pode se negar a realizar o procedimento.
Sobre o assunto o Revista Brasil entrevistou o assessor da diretoria de produtos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), João Luis Barroca. " O parto normal é o fato da humanidade existir. A cesariana no Brasil alcançou na rede privada índice muito alto de quase 85%. Muitos partos de cesariana são acompanhados de prematuridade do bebê", relata.
Essa resolução joga luz em cima de uma série de etapas do parto. Ela exige que as operadoras entreguem as suas clientes que ficarem grávida o cartão de gestante. Neste cartão vão ser colocadas todas as consultas de pré-natal, exames, eventuais doenças, medicamentos que tomam, para que em caso de necessidade, o outro médico tenha acesso a todo histórico da gestante, explica João Luis Barroca.
Nas novas regras está a obrigação dos planos de saúde em orientaremos obstetras para utilizarem o partograma, que é um documento gráfico onde são feitos registros de tudo o que acontece durante o trabalho de parto.
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