A Confederação Nacional de Municípios (CNM) apresenta um novo mapeamento da problemática dos entorpecentes na região fronteiriça brasileira. Divulgado em outubro, a pesquisa Os Municípios na Faixa de Fronteira e a Dinâmica das Drogas, traz informações relevantes sobre a realidade vivenciada no decorrer de 16.886 km, que representa 27% do território nacional.
Sobre o assunto, o Revista Brasil entrevistou o consultor da Área Técnica da CNM, Eduardo Stranz. Ele explica que o órgão possui um projeto que trata das questões das drogas sobre a ótica dos gestores municipais. E acrescenta que, desde 2010, o projeto acompanha como o problema da droga afeta a administração municipal.
O novo mapeamento específico dos 542 municípios de fronteiras, segundo ele, revelou que a situação continua grave, principalmente em relação ao crack. “Nas três regiões afetadas, norte e centro-oeste (cocaína) e o sul (maconha) do país, em todas elas a maior queixa é que são corredores de entrada de drogas, que as fronteiras são mal vigiadas”, informou.
O impacto nos municípios com o tráfico apresenta quatro vetores principais: o aumento da violência (com a questão do roubo e de pequenos furtos); a exploração sexual (principalmente na Região Norte), e o tráfico de armas e homicídios. E todos estão relacionados com a violência em si, afirma o consultor da CNM.
Ouça a íntegra da entrevista no player acima.
O Revista Brasil é uma produção das Rádios EBC e vai ao ar, de segunda a sábado, às 8h, na Rádio Nacional AM Brasília. A apresentação é de Valter Lima e do âncora no Rio de Janeiro, Cirilo Reis.
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