O programa Espaço Arte falou sobre o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que tem por objetivo celebrar e reconhecer as ações de preservação e salvaguarda do patrimônio cultural brasileiro. O prêmio leva o nome do advogado, jornalista e escritor Rodrigo Melo Franco de Andrade, que comandou o Iphan desde a sua fundação, em 1937, até 1967.
Para falar sobre o assunto, o apresentador Giovani Mota entrevistou o diretor do Departamento de Articulação e Fomento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Philippe Torelly, que falou aos ouvintes da Rádio Nacional de Brasília sobre a premiação.
Segundo ele, o Brasil pouco sabe a riqueza cultural que tem. Ainda, para Torelly, as pessoas ainda não perceberam que o patrimônio cultural brasileiro está associado diretamente ao patrimônio ambiental. Ou seja, para haver cultura, precisa haver espaço físico. “Cultura e natura são fatores indissociáveis”, ressaltou ele.
Luiz Philippe Torelly contou que o Brasil se urbanizou rapidamente. Nos últimos 50 anos, o país cresceu e, hoje, quase 90% da população é urbana. Até meados do século XX, a população era majoritariamente rural. Por esta razão, grande parte da tradição cultural brasileira está relacionada à prática de ofícios e à prática religiosa, chamadas de “saberes e fazeres”.
Diante disso, o diretor do Departamento de Fomento do Iphan explicou que o instituto tenta mostrar para o país através do Prêmio Rodrigo um Brasil que produz arte e cultura em grande quantidade e diversidade.
"O que nós mostramos para o Brasil através do prêmio é exatamente um Brasil que produz arte e cultura em grande quantidade. Mas, infelizmente, essa cultura, essas manifestações, hoje em dia, não têm espaço suficiente na mídia", lamentou Torelly.
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O programa Espaço Arte vai ao ar de segunda a sexta-feira na Rádio Nacional de Brasília.