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Pescadores artesanais, índios e quilombolas protestam em Brasília

De acordo com a coordenação do movimento, cerca de 400 pessoas

Um grupo formado por 400 pessoas, formado por pescadores, índigenas e quilombolas, realizou uma manifestação, nesta quinta (24), em Brasília (DF).  A reivindição é a revisão de dois decretos emitidos no ano passado que alteram as regras para a concessão do seguro defeso. No valor de um salário-mínimo, o benefício é pago durante o período em que as atividades de pesca estão paralisadas para preservar as espécies.

Entre as alterações, está o pagamento do seguro apenas aos profissionais que vivem exclusivamente da pesca. Para a coordenadora do Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais, Elionice Sacramento, a medida é absurda."A gente, que se move pelo horário das marés, quando estiver com fortes ventos a gente tem que ir pro mar. Mesmo quando tiver doente. O decreto diz que não pode buscar outras formas de viver. Esse decreto quer até mesmo nos impedir de plantar para complementar a renda.

Durante o protesto, lideranças chegaram a ser recebidas por representantes do Ministério da Agricultura. Mas foram avisados de que o Ministro Blairo Maggi e o secretário de pesca, Dayvson Franklin não estavam presentes e, por isso, nenhuma medida poderia ser revogada. Mas teriam recebido a informação de que os decretos seriam revisados.

De acordo com o movimento, cerca de 600 mil carteiras de pescadores artesanais foram suspensas, canceladas ou deixaram de ser emitidas. Procurado pela reportagem, o Ministério da Agricultura afirmou que somente nessa sexta-feira poderá se manifestar sobre as carteiras de pescadores artesanais e se limitou a dizer que a emissão deve ser retomada após o recadastramento nacional de pescadores previsto para abril de 2017. 

Confira também no Repórter Amazônia desta quinta-feira (24): ação constata irregularidades nos hospitais públicos de Palmas, no Tocantins

 

 



Criado em 24/11/2016 - 22:15 e atualizado em 24/11/2016 - 20:51

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